10 de julho de 2006

Poesia 5

Dentro da concha, uma íris reluzente de sorriso
Cílios longos, arqueados
Abrindo as portas dos sonhos fechados

Verde, tudo é proibido
Azul, mais valioso
Castanho, lânguido, pervertido
Negro, véu misterioso

Tremo lá dentro da alma
suo frio, fico fraco
uma pinça em meu desejo
Fraquejo, vejo opaco

E me sobe ânsia de beijo
Que deixo enclausurado
num sorriso torto, afetado
Um vazio dentro do peito

Que jóia é essa e que lábios
que dourado emoldurado
Que sórdido toque do mundo te mantém engaiolado
enquanto o suave que encanta, voa leve, libertado?

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