24 de julho de 2005

Poesia 3

Cria neutra, sem pai, sem mãe
Vaga nos caminhos do tempo
Entra nas vielas do vento
e traz mais um para o clã

Ouça suas palavras com desdém
Aproxime-se de mansinho
Toma-lhe a vida por bem
como a trocar um carinho

Crava-lhe, cria, ao crepúsculo
E faz o vermelho sorrir
Contrai em vão os seus músculos
com a ilusão de cair

Deixa-o então ao léu
Limpa-te no feltro
O encarregado agora é o céu
de criar mais um neutro

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