2 de abril de 2008

Terra Nova

Noite de insondáveis mistérios
Ès flor fechada em botão
És serena em tua ansiedade
Tempo que te foge às mãos

És fresta de luz, sorriso e soslaio
Olhos embotados, sorrateiros
Ès a cabeça baixa de Davi
Ao mesmo tempo que seu ar altaneiro

Quanto a mim, sou teu lacaio
Refém de teus suaves movimentos
És terra nova fecundada
Onde planto meus sentimentos

O ar que reverbera a tua volta
Chega em ondas e chacoalha minha vida
Abre para mim esse livro de ternura
Deixa-me tocar tua pele eternecida

Pois que, ao contar-te os méritos
És vitoriosa em sua calma
Coleciona estrelas como medalhas
E como troféu tens minha alma

Louros e um Viva! a ti
A teu silêncio me prendo
Insône em teus mistérios
Louco por teus segredos

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