Nas noites longas
em que me escondo
dos meus sentimentos
ouço várias sombras
cantando nos escombros
do meu pensamento
E o seu cantar
ecoa por todo o infinito
atormentando minha alma
que em vão tenta escapar
do terror do meu grito
sufocado pela máscara da calma
ao meu lado, sem nada perceber
você dorme tranquila como criança
em seu semblante límpido posso ver
um "allegro" magnífico de algum teatro de França
Mas nos bordados da sua roupa
na intimidade do nosso sono
surgem laços de incompreensão
que nos separam sem querermos
E uma tristeza louca
me abate quando o último pano
se fecha, terminando a seção
e vejo que os atores somos nós mesmos
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