21 de abril de 2007

Poesia 7

Toquem as liras angélicas
o bardo gago chegou
sua genialidade seja aplaudida
a expectativa acabou
Abram-se as cortinas, foco no bardo
peito estufado, barbeado e perfumado
sobe ao palco, hesitante
limpa a garganta no púlpito
A glória num instante
e já passou. O bardo gago cumpre seu destino
começou bem, palavras simples
mas o cacófato escondido apareceu
E o desastre se seguiu, o bardo gago caiu
da majestade
De joelhos ao chão, lágrimas pretas
o basdo se levanta e ajeita o gibão
inclina a cartola, gorgoleja abafado
pelas risadas e se retira.

Nenhum comentário: