21 de abril de 2007

Poesia 9

Foge, paixão perdida
este terreno é infértil
não olhe a alma dividida
que se fantasia de estéril

Fecha esses braços calorosos
sedução vazia
escureça essas promessas que atormentam
noite e dia

Respira esse ar pesado de culpa
uma tonelada do lado esquerdo
manca, perfeito enganado
nem consumado em volúpia

Que lábios, que olhos permanecem
os que querem e os que deveriam
torce o pano e ele chora negro
a dor de um destino não cumprido

Soluça então no meio da vaga esperança
uma oportunidade basta
como um sopro num castelo de cartas
para transformar uma mulher numa criança

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