Esse silêncio natural
de quem sabe o que faz
a ilusão de controle
o peito se debate inteiro
e só sossega em devaneio
com o frio que a noite traz
Tua luz sumindo aos poucos
teus olhos, teu pescoço
toda tua tenra pele
vira pó com a distância
e eu, por pura ignorância,
ainda torço que me leve
E tu, tão bem postada
tão feliz e bem amada
não me lembro o que quis de mim
Agora sofro de mão atadas
convencido, não há mais nada
que me desvie desse fim
Me conformo, pois a vida
pune com amor sincero
as palavras que escrevo
E, enfim, aprendo de saída
que acima das coisas que quero
estão as coisas que devo
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